[Clube Passageiro #16] As engrenagens do romance (feat. Carol Bensimon)
O 16º encontro do Clube Passageiro contará com uma convidada pra lá de especial – saiba como participar.
O Clube Passageiro é uma comunidade que se encontra uma vez por mês para papear sobre escrita, produção de conteúdo, monetização, livros e viagens.
Para participar dos bate-papos mensais e ter acesso ao nosso grupo fechado no Telegram, basta assinar um dos planos pagos da newsletter – assinantes pagos da newsletter Passageiro também têm acesso a uma edição extra e mensal com os bastidores do processo de escrita do meu primeiro romance.
Desde maio de 2023, quando o Clube Passageiro foi fundado, 15 workshops com os mais variados temas foram realizados – e assinantes do Plano Vitalício têm acesso a todo o acervo (são mais de 30h de conteúdo!).
Em nossa comunidade fechada no Telegram você poderá trocar ideias sobre escrita, processo criativo e mercado literário com outros participantes – e comigo; perguntas sempre serão bem-vindas.
Assim que você escolher um dos planos disponíveis, receberá um e-mail com as instruções para participar da comunidade exclusiva no Telegram e dos workshops mensais via Google Meet.
🎧 Para ler ouvindo1: Stop Crying Your Heart Out, por Oasis.
1.
Não caia no conto de que “ninguém mais lê” ou de que “tudo agora é vídeo”; a literatura brasileira contemporânea vive um grande momento (se você está lendo isso no Substack e não por e-mail já deve ter se ligado nisso).
Desde o início da minha curta carreira de escritor (de escritor publicado são apenas cinco anos; de escritor de internet pouco mais de dez), sempre tive como modelo o trabalho da gaúcha Carol Bensimon, uma das poucas autoras brasileiras que consegue navegar de forma híbrida pelo analógico e o digital.
Para quem viveu em uma caverna na última década e meia lendo apenas best-sellers mundiais de autoajuda tipo Pai rico, pai pobre ou qualquer outra commodity com um palavrão no título, farei uma breve apresentação:
Escritora com 14 anos de experiência, Carol Bensimon venceu o Prêmio Jabuti de Melhor Romance em 2018 com O clube dos jardineiros de fumaça e foi duas vezes finalista do Prêmio São Paulo de Literatura. É também autora de Diorama e Todos nós adorávamos caubóis, entre outros. Seus livros foram traduzidos nos Estados Unidos, na França, na Itália, na Espanha e na Argentina. É mestre em Escrita Criativa pela PUCRS. Mora em Mendocino, na Califórnia, e é de lá que escreve uma das newsletters mais legais deste Substack: a Nevoeiro.
2.
Não lembro exatamente quando conheci o trabalho da Carol, mas suspeito que tenha sido através das crônicas na Zero Hora (Zero Hora é a Folha de S.Paulo dos sulistas) que, salvo engano – e a Carol pode me corrigir dia 05 de setembro em nosso bate-papo –, renderam a coletânea Uma estranha na cidade, esse sim o primeiro livro da Carol que li – e que, assim como a maioria dos meus livros físicos, está na casa dos meus pais em Imbituba, Santa Catarina.
Além do estilo da escrita, das referências (Carol tem um ótimo gosto musical; e agora entrego a nossa idade ao confidenciar que há anos stalkeio o seu last.fm) e de todos os elogios possíveis que posso fazer dentro do campo literário, talvez o que mais me conectou desde o começo com o trabalho da Carol foi justamente o fator sul, esse negócio meio deslocado, meio patinho feio, meio contra tudo o que todo mundo está fazendo; seus livros (e a própria newsletter) não tratam de mais um homem branco hétero paulista (de Higienópolis) ou carioca (do Leblon) que sempre foi queridinho das feiras literárias e dos jornais de grande circulação por ter o sobrenome certo e hoje vive uma crise de meia idade sendo pago por alguém para falar o óbvio (fui bem específico, eu sei, mas tenho certeza que vocês já devem ter lido pelo menos uns dois ou três livros da literatura brasileira contemporânea que se encaixam nesse padrão), não, os personagens dos livros da Carol parecem estar sempre em fuga, sempre lidando com questões existenciais, sentindo “amor pelas coisas pequenas”, como diz a descrição de Nevoeiro. É outra onda.
3.
Faz uns dois ou três anos que estou obcecado com uma ideia de romance que se passa na Tailândia, porém, entretanto, todavia, sabe quando a gente está com aquela ideia que na teoria parece muito boa, mas não temos a menor ideia de como colocar isso no papel e transformar, de fato, a ideia em uma história que faça o mínimo de sentido? Pois então, eu estava assim até participar da última turma do curso Engrenagens do Romance, da Carol. Das coisas boas que a internet nos proporciona, uma delas certamente é essa: aprender com aqueles e aquelas que admiramos sem sair de casa – eu adoraria conhecer Mendocino, mas ainda não é o caso e meu visto pros Estados Unidos está vencido.
Falei tudo isso para não uma, mas três boas novas:
Carol está com inscrições abertas para mais uma turma do Engrenagens do Romance;
Carol publicou um ebook gratuito com 12 dicas para escritores;
Carol é a convidada do 16º encontro do Clube Passageiro – o assunto será o famoso como escrever um romance; ela está escrevendo o sexto; eu o primeiro.
🗓️ O que você precisa saber sobre o bate-papo com a escritora Carol Bensimon
Tema: As engrenagens do romance.
Data: quinta-feira, 05 de setembro de 2024 (por conflitos de agenda nosso workshop de agosto acontecerá na primeira semana de setembro).
Horário: 18h de Brasília.
Duração: cerca de 1h30 (diferente dos outros encontros, dessa vez não teremos um workshop propriamente dito, mas um bate-papo, uma espécie de podcast em que eu e vocês seremos os entrevistadores; vocês, assinantes pagos, podem enviar perguntas no Telegram).
Como participar: inscrevendo-se em qualquer um dos planos pagos do Clube Passageiro.