É, meu amigo, não é fácil. Bem dizer, a França já está em guerra contra a Rússia há anos, se levarmos em conta o que tem rolado em território africano e ucraniano – as famigeradas proxy wars, muito comuns neste século (o princípio da não-ingerência não vale nada mesmo). Já o tarifaço do Trump, isso me pegou. A própria Tesla perdeu valor de mercado, junto com outras empresas cujos bilionários o apoiaram. Logo vão correr atrás de isenções, né? Mas, a despeito de qualquer cálculo burro do governo Trump e das diferentes interpretações sobre o sentido dessas guerras, tenho a impressão de que esses líderes se preparam pra algo, sim. Reindustrializar os Estados Unidos e colocar em risco toda a cadeia de suprimentos global que sustentou as maiores marcas deles até hoje; distribuir guia de sobrevivência na França; a Alemanha expandindo a rede de bunkers, dentre outras coisas... parece que eles anteveem um perigo iminente. Agora, "fechar todas as portas durante um acidente nuclear e até considerar o voluntariado em forças de reserva locais" soa até ingênuo, do ponto de vista prático, se isso escalar pra uma guerra aos moldes do conflito direto ou nuclear, rs (rindo de nervoso). Enfim. É sempre bom acompanhar seus textos. Espero que você e a Isa fiquem bem por aí.
Aqui na Suécia mandaram uma cartilha de 32 páginas sobre como sobreviver e o que fazer em caso de guerra, início de dezembro 2024. Tá tenso. Espero que as coisas melhorem logo e a história não se repita.
Parabéns, você realmente encontrou e encaixou um formato de newsletter original e marcadamente teu. Essa foi especialmente gostosa de ler, apesar de apocalíptica.
Puxa, Matheus! Adorei a newsletter e saber que você está são e salvo (ao menos por enquanto)… Já faz um tempinho que vejo a 3a Guerra nos rondando… não parecia possível isso voltar a acontecer nos dias de hoje, mas infelizmente parece que a humanidade ainda não aprendeu e prefere sofrer um pouco mais. Não quero ser pessimista, mas peço que considere o retorno ao Brasil se as coisas piorarem mais. Abraços. 🤗
Correndo o risco de ser cancelado por citar este nome em público, o velho e bom Marx já dizia: "A história se repete..."
Há cerca de 100 anos, o fascismo surgia na Europa e as forças conservadoras das potências de então, nomeadamente a Inglaterra, não o combateram no nascimento Viam nos movimentos totalitários uma barreira ao comunismo soviético. Hoje Trump tenta se aproximar da Rússia por que vê nela uma possível barreira ao avanço chinês? A China, sozinha, não consegue vencer os EUA numa guerra nuclear porque seu arsenal é infinitamente menor. Nesse cenário, a Rússia é o fiel da balança. Se pender para o lado chinês, os EUA podem ser dizimados... Se pender para o lado do agente laranja...
Ah, mas a frase de Marx continua: "A história se repete, a primeira vez como tragédia..."
Pouco depois da ascenção do facismo, os Nazistas começaram seu programa de extermínio de judeus na Alemanha e, posteriormente, na Europa toda. Embora algumas vozes se levantassem contra o que estava acontecendo, as potências conservadoras europeias, nomeadamente a Inglaterra, fecharam os olhos. Porque politicamente, lhes interessava. Hoje, novamente um Estado soberano move uma campanha de extermínio contra um povo sem um estado para chamar de seu, reunido apenas pela questão identitária. Sim, parece que estou querendo mesmo ser cancelado, mas não posso deixar de ver as similiradades trágicas entre o passado e o que o estado de Israel faz hoje com os palestinos. E a potência conservadora de hoje, os EUA, fecham os olhos porque, politicamente, lhe interessa.
O que nos leva a questionar e refletir sobre o final da frase de Marx (três vezes num único comentário... Já era!): "A história se repete, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa".
Neville Chamberlain só descobriu o seu erro quando Stalin revelou o pacto secreto com Hitler para ocupar metade da Polônia. A barreira que o primeiro ministro inglês imaginava ao comunismo tinha feito um pacto pragmático justamente com o inimigo! O que me leva a pensar: qual será a surpresa que Putin reserva para o Agente Laranja?
É, meu amigo, não é fácil. Bem dizer, a França já está em guerra contra a Rússia há anos, se levarmos em conta o que tem rolado em território africano e ucraniano – as famigeradas proxy wars, muito comuns neste século (o princípio da não-ingerência não vale nada mesmo). Já o tarifaço do Trump, isso me pegou. A própria Tesla perdeu valor de mercado, junto com outras empresas cujos bilionários o apoiaram. Logo vão correr atrás de isenções, né? Mas, a despeito de qualquer cálculo burro do governo Trump e das diferentes interpretações sobre o sentido dessas guerras, tenho a impressão de que esses líderes se preparam pra algo, sim. Reindustrializar os Estados Unidos e colocar em risco toda a cadeia de suprimentos global que sustentou as maiores marcas deles até hoje; distribuir guia de sobrevivência na França; a Alemanha expandindo a rede de bunkers, dentre outras coisas... parece que eles anteveem um perigo iminente. Agora, "fechar todas as portas durante um acidente nuclear e até considerar o voluntariado em forças de reserva locais" soa até ingênuo, do ponto de vista prático, se isso escalar pra uma guerra aos moldes do conflito direto ou nuclear, rs (rindo de nervoso). Enfim. É sempre bom acompanhar seus textos. Espero que você e a Isa fiquem bem por aí.
Rindo de nervoso por aqui também. Obrigado pela contribuição, Evilazio!
Bilionário bom é aquele que não existe
Pois é, Raphael. Sempre fico de cara quando vejo o pessoal defendendo essa gentalha desprezível repugnante. Obrigado pelo comentário!
Aqui na Suécia mandaram uma cartilha de 32 páginas sobre como sobreviver e o que fazer em caso de guerra, início de dezembro 2024. Tá tenso. Espero que as coisas melhorem logo e a história não se repita.
Eita! Tenso mesmo. Obrigado pelo comentário, Munike!
Parabéns, você realmente encontrou e encaixou um formato de newsletter original e marcadamente teu. Essa foi especialmente gostosa de ler, apesar de apocalíptica.
Puxa, Ana, muito obrigado. De verdade. Fico feliz em ler isso. Um grande abraço!
Puxa, Matheus! Adorei a newsletter e saber que você está são e salvo (ao menos por enquanto)… Já faz um tempinho que vejo a 3a Guerra nos rondando… não parecia possível isso voltar a acontecer nos dias de hoje, mas infelizmente parece que a humanidade ainda não aprendeu e prefere sofrer um pouco mais. Não quero ser pessimista, mas peço que considere o retorno ao Brasil se as coisas piorarem mais. Abraços. 🤗
Bizarro, né? Obrigado pelo comentário, Vivian!
é um nível de retrocesso que fica até difícil de compreender como é possível…
Pois é, Pedro. Sigo sem entender o que está acontecendo. Obrigado pelo comentário!
Correndo o risco de ser cancelado por citar este nome em público, o velho e bom Marx já dizia: "A história se repete..."
Há cerca de 100 anos, o fascismo surgia na Europa e as forças conservadoras das potências de então, nomeadamente a Inglaterra, não o combateram no nascimento Viam nos movimentos totalitários uma barreira ao comunismo soviético. Hoje Trump tenta se aproximar da Rússia por que vê nela uma possível barreira ao avanço chinês? A China, sozinha, não consegue vencer os EUA numa guerra nuclear porque seu arsenal é infinitamente menor. Nesse cenário, a Rússia é o fiel da balança. Se pender para o lado chinês, os EUA podem ser dizimados... Se pender para o lado do agente laranja...
Ah, mas a frase de Marx continua: "A história se repete, a primeira vez como tragédia..."
Pouco depois da ascenção do facismo, os Nazistas começaram seu programa de extermínio de judeus na Alemanha e, posteriormente, na Europa toda. Embora algumas vozes se levantassem contra o que estava acontecendo, as potências conservadoras europeias, nomeadamente a Inglaterra, fecharam os olhos. Porque politicamente, lhes interessava. Hoje, novamente um Estado soberano move uma campanha de extermínio contra um povo sem um estado para chamar de seu, reunido apenas pela questão identitária. Sim, parece que estou querendo mesmo ser cancelado, mas não posso deixar de ver as similiradades trágicas entre o passado e o que o estado de Israel faz hoje com os palestinos. E a potência conservadora de hoje, os EUA, fecham os olhos porque, politicamente, lhe interessa.
O que nos leva a questionar e refletir sobre o final da frase de Marx (três vezes num único comentário... Já era!): "A história se repete, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa".
Neville Chamberlain só descobriu o seu erro quando Stalin revelou o pacto secreto com Hitler para ocupar metade da Polônia. A barreira que o primeiro ministro inglês imaginava ao comunismo tinha feito um pacto pragmático justamente com o inimigo! O que me leva a pensar: qual será a surpresa que Putin reserva para o Agente Laranja?