Livro 'As perfeições' traz reflexões sobre (mais) uma geração que tentou ser contracultura e acabou engolida pelo capitalismo; e pela gentrificação; mas não só.
Essa reflexão sobre culpados e perdedores cai sempre nesse sistema de opressão do capital. Quem tem grana esfola quem não tem, não é o fulaninho que tá curtindo a vida com seu laptop embaixo do braço que é o responsável por aumentos de aluguéis e padronização das cidades. Adorei o texto, obrigada.
Como a maioria, me interessei pela internet pela ideia de trabalhar de qualquer lugar.
Depois de mais de seis anos de mundo corporativo, idas e vindas de aeroportos e vivendo três semanas do mês em hotéis mundo afora, quando consegui viver de internet tudo o que mais queria era não sair de casa — sigo assim, até hoje.
Acho que é o muito do momento de cada um, né? Pesa também a idade – e o tempo inseridos no capitalismo. Hoje em dia entendo aquela famosa frase que diz que "viajar é bom, mas voltar para casa é melhor ainda."
Adorei a reflexão e eu adorei o livro do Latronico. Tendo passado os 5 anos pré pandemia na estrada, eu me identifiquei muito com o livro, inclusive com o vazio que permeia a vida da Anna e Tom que aos poucos foi tomando conta de mim. Mas a ficha só caiu mesmo quando decidi parar e viver em Berlim. Não fui exatamente nômade no sentido literal pq mantive a base em Sp, mas foram anos rodando o mundo non-stop por uma vontade parecida com a sua. Era isso, eu queria conhecer o mundo, mas queria também construir minhas raizes, o que tô fazendo agora. Foi uma experiência lindíssima, intensa e que me ensinou muito sobre mim e me trouxe aqui. Só não herdei o casarão que a Anna herdou, mas queria.
Feliz que curtiu, Lalai! Obrigado por compartilhar a sua experiência. Do lado de cá, acho que ainda tô no vazio pós-volta ao mundo, um eterno recomeço enquanto o tempo passa; mas como você disse, isso também foi o que trouxe aqui. Obrigado mais uma vez! PS: A parte do casarão herdado me pegou muito haha.
Venho aqui no Substack procrastinar (devia estar escrevendo meu frila de escrita de conteúdo.)da melhor forma possível, lendo, e me deparo comigo mesma sendo "citada" (ou seria printada. rs) dentro do texto. E só li porque era texto seu. Porque esse tema nem me interessa. Mas toda escrita boa me é interessante. ;) Excelente, mais uma vez.
Durante a leitura desta edição, fiz várias conexões extratextuais. A principal foi com Paulo Roberto Pires. Assim como conheci João Paulo Cuenca — tema de uma outra edição — por meio de uma aula-convite no curso de Jornalismo Literário, também assisti, em outro momento, a uma conferência com Paulo Roberto Pires. Lembro pouco do encontro — ele falou sobre seus trabalhos biográficos —, mas foi o suficiente para que eu começasse a segui-lo no Facebook, comprasse seu livro 'Se Um de Nós Dois Morrer', lançado posteriormente, e o lesse. Não tenho uma memória nítida da leitura, feita há mais de dez anos, mas, segundo um site de partilha literária, dei cinco estrelas e um coração.
Ainda não trouxe esse livro do Brasil, apesar de voltar de cada viagem com muitos outros. Trouxe o seu — e espero conseguir um autógrafo em breve ;). Lembro da introdução reproduzida aqui e, claro, dos causos e perrengues dessa experiência. Adoro o home office, mas o nomadismo diante da tarefa de criar raízes em um país estrangeiro torna-se cada vez menos atraente. Desse modo, 'As Perfeições' já entrou para a minha lista de leituras, e aguardo o seu livro de crônicas nômades tanto quanto o romance na Tailândia.
é sempre mais fácil jogar a culpa no outro, né? agora, escolheram os nômades digitais como os responsáveis pela inflação. antes, a culpa dos baixos salários era dos imigrantes… e assim o capitalismo vai girando suas engrenagens. como diriam “as meninas”, os ricos ficam mais ricos e os pobres, mais pobres.
Essa reflexão sobre culpados e perdedores cai sempre nesse sistema de opressão do capital. Quem tem grana esfola quem não tem, não é o fulaninho que tá curtindo a vida com seu laptop embaixo do braço que é o responsável por aumentos de aluguéis e padronização das cidades. Adorei o texto, obrigada.
Pois é, Sandra. A corda sempre arrebenta do lado mais fraco. Obrigado pelo comentário!
Como a maioria, me interessei pela internet pela ideia de trabalhar de qualquer lugar.
Depois de mais de seis anos de mundo corporativo, idas e vindas de aeroportos e vivendo três semanas do mês em hotéis mundo afora, quando consegui viver de internet tudo o que mais queria era não sair de casa — sigo assim, até hoje.
Acho que é o muito do momento de cada um, né? Pesa também a idade – e o tempo inseridos no capitalismo. Hoje em dia entendo aquela famosa frase que diz que "viajar é bom, mas voltar para casa é melhor ainda."
Obrigado pelo comentário, Zara!
Adorei a reflexão e eu adorei o livro do Latronico. Tendo passado os 5 anos pré pandemia na estrada, eu me identifiquei muito com o livro, inclusive com o vazio que permeia a vida da Anna e Tom que aos poucos foi tomando conta de mim. Mas a ficha só caiu mesmo quando decidi parar e viver em Berlim. Não fui exatamente nômade no sentido literal pq mantive a base em Sp, mas foram anos rodando o mundo non-stop por uma vontade parecida com a sua. Era isso, eu queria conhecer o mundo, mas queria também construir minhas raizes, o que tô fazendo agora. Foi uma experiência lindíssima, intensa e que me ensinou muito sobre mim e me trouxe aqui. Só não herdei o casarão que a Anna herdou, mas queria.
Feliz que curtiu, Lalai! Obrigado por compartilhar a sua experiência. Do lado de cá, acho que ainda tô no vazio pós-volta ao mundo, um eterno recomeço enquanto o tempo passa; mas como você disse, isso também foi o que trouxe aqui. Obrigado mais uma vez! PS: A parte do casarão herdado me pegou muito haha.
Venho aqui no Substack procrastinar (devia estar escrevendo meu frila de escrita de conteúdo.)da melhor forma possível, lendo, e me deparo comigo mesma sendo "citada" (ou seria printada. rs) dentro do texto. E só li porque era texto seu. Porque esse tema nem me interessa. Mas toda escrita boa me é interessante. ;) Excelente, mais uma vez.
Hahahha fiquei bem feliz em saber disso, Raquel! Obrigado pelo post e pelo comentário!
Durante a leitura desta edição, fiz várias conexões extratextuais. A principal foi com Paulo Roberto Pires. Assim como conheci João Paulo Cuenca — tema de uma outra edição — por meio de uma aula-convite no curso de Jornalismo Literário, também assisti, em outro momento, a uma conferência com Paulo Roberto Pires. Lembro pouco do encontro — ele falou sobre seus trabalhos biográficos —, mas foi o suficiente para que eu começasse a segui-lo no Facebook, comprasse seu livro 'Se Um de Nós Dois Morrer', lançado posteriormente, e o lesse. Não tenho uma memória nítida da leitura, feita há mais de dez anos, mas, segundo um site de partilha literária, dei cinco estrelas e um coração.
Ainda não trouxe esse livro do Brasil, apesar de voltar de cada viagem com muitos outros. Trouxe o seu — e espero conseguir um autógrafo em breve ;). Lembro da introdução reproduzida aqui e, claro, dos causos e perrengues dessa experiência. Adoro o home office, mas o nomadismo diante da tarefa de criar raízes em um país estrangeiro torna-se cada vez menos atraente. Desse modo, 'As Perfeições' já entrou para a minha lista de leituras, e aguardo o seu livro de crônicas nômades tanto quanto o romance na Tailândia.
Caramba, quantas coincidências! hahaha!
Puxa, estamos procrastinando um café há um tempo, hein? Bora aproveitar o verão para marcar algo. Será um prazer escrever uma dedicatória pra você.
Obrigado pelo comentário e pela generosidade de sempre!
é sempre mais fácil jogar a culpa no outro, né? agora, escolheram os nômades digitais como os responsáveis pela inflação. antes, a culpa dos baixos salários era dos imigrantes… e assim o capitalismo vai girando suas engrenagens. como diriam “as meninas”, os ricos ficam mais ricos e os pobres, mais pobres.
Muito mais fácil, né? Concordo com cada linha do seu comentário – e com As Meninas. Obrigado pela contribuição, Pedro!
se todo mundo quiser ser artista, nao haverá platéia pra bater palmas.
Haha! Tem isso.
Dos melhores que já li escritos por você, Matheus. Achei foda!
Muito obrigado pela generosidade, meu caro! Bom ler isso porque, para ser sincero, achei bem fraquinho e quase não postei hahaha.