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Avatar de Julia Borges

Essa é a grande tentação dos viajantes e da sociedade globalizada - vide ONU! Quando estava na Indonésia muçulmana, não era incomum vermos cachorros enjaulados - são considerados impuros para a religião. Minha amiga alemã, incrédula com um especialmente maltratado e acorrentado, começou a gritar com o dono do cão e, inclusive, com a gente, por estarmos sendo "coniventes" com aquilo. É realmente um tema muito espinhoso, porque não compete a nós interferir ali e "ensinar" o melhor. Essa postura é extremamente colonialista, inclusive. Talvez quem tenha estudado direito (e principalmente direitos humanos) tenha uma inclinação maior para interferir, mas acho que faz bem deixarmos de lado a posição de "juízes da verdade", do "bem e do mal" (contém ironia) de lado, e nos abrirmos para observar, conversar, ouvir... na maioria das vezes, é o que fazemos de melhor!

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Avatar de Denise Baptista

Não interferir no modo de viver de outras culturas é realmente uma grande dificuldade, mas, acima de tudo, uma grande necessidade. Cada cultura é única e não podemos ignorar essas diferenças. Sim, há questões que podem nos ferir de forma pessoal e mesmo gerar indignação, mas precisamos colocar um filtro nisso, até porque não somos o umbigo do mundo, rs.

Gostava muito da postura do Bourdain nesse sentido. Observar, interagir, conhecer, se relacionar, mas não interferir. Vou dar uma olhada nas referências que você passou.

Abraço!

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