27 Comentários

Oi Matheus!

Comprei o seu livro recentemente e assinei a sua newsletter, tenho gostado muito dos seus textos.

Fiz uma viagem sabática ano passado e a Tailândia realmente tem o meu coração. Ler o seu texto e relembrar os pratos da culinária tailandesa me trazem uma enorme memória afetiva, assim como os de outros países que estive. A comida diz muito sobre os lugares mesmo.

Quanto ao seu avô, sinto muito! Sou de Santa Catarina e minha avó também mora em Imbituba, então esses seus últimos textos também me trouxeram memórias da infância na cidade.

Abraços!

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Quantas coincidências! hehe! :)

Fico muito feliz que você esteja curtindo os textos, Vanessa. Tailândia e Imbituba estão entre os meus lugares favoritos no mundo.

Obrigado pelo comentário!

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Tive a oportunidade de participar do workshop de Escrita Criativa do Alberto Brandão - outro que eu chamaria de foodie, embora não sei se ele concordaria com a alcunha - e logo no primeiro exercício eu acabei por refletir muito sobre comida e seu significado.

Deixo aqui o texto porque acho que responde bem à pergunta.

Um dia eu descobri que tinha dois pais.

Aconteceu depois, ou talvez durante, a corrida eleitoral brasileira de 2018 - sim, aquela - quando eu percebi que, depois de mais ou menos 50 anos, o meu pai não parecia mais o meu pai.

O meu pai era, e ainda é, sob muitos olhares, um cara bacana. Foi meu primeiro exemplo de paternidade presente, antes que isto felizmente se tornasse uma tendência. E foi ele o meu cuidador principal por muitos anos, quando encontrou-se desempregado enquanto minha mãe segurava a barra.

Foi com ele que eu andei de metrô pela primeira vez. Que eu aprendi a teoria das cores e que o vermelho com amarelo virava laranja - e alguns anos depois, que ele tinha daltonismo.

Era ele também que preparava para nós dois, em uma churrasqueira elétrica improvisada de uma cozinha de apartamento, generosas peças de carne.

Um churrasco de envergonhar qualquer gaúcho, é verdade - mas que fez com que, sempre que eu provasse uma picanha, eu lembrasse do meu pai. Mesmo anos depois, desde que ele se tornou vegetariano e passou a limitar seu repertório churrasqueiro a abobrinhas e berinjelas.

Faço um churrasco sempre que quero me lembrar do meu primeiro pai.

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Que legal saber disso, Larissa – adoro os conteúdos do Alberto.

E que texto bonito! Obrigado por compartilhar.

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Adorei esse tema de memoria culinaria. Eu tenho algumas, mas a primeira que me vem a mente é uma batata cozida na panela de pressão da minha avó (que se foi em 2022). Eu ja tentei recriar essa batata, minha mãe não se lembra da receita, e até hoje estou na jornada de tentar acertar os temperos e preparo rs

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Nunca fica igual, né? Sei como é haha. Obrigado pelo comentário, Emanuel!

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Farinha de mandioca 🥰. Moro em floripa mas sou de Rondônia e sinto falta da comida do norte quase sempre, eu nunca tinha reparado na importância da comida até me mudar e ter que me adaptar com novos temperos e costumes. Comida é memória. Uma farofa com banana frita, baião de dois e macaxeira me lembram minha terra natal.

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Sabe que eu também não? Lembro claramente de assistir a tal entrevista com o Obina quando ainda morava com os meus pais e pensar "nossa, que besteira" hahahah. Farofa com banana frita é bom demais! Obrigado por compartilhar as suas memórias, Emanuella!

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Meus pais também sempre me trazem farinha de mandioca quando vêm visitar. Eu até acho nos mercados daqui, mas não chega nem perto daquelas do litoral de Santa Catarina, crocantes e azedinhas. O livro da Michelle Zauner é mesmo incrível e, nos últimos dias, alcançou o feito de 1 milhão de cópias vendidas. Estou curiosa pela adaptação para o cinema!

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Ah, que massa! De fato, não é a mesma coisa. Lembro que na última vez que estive no Brasil, em 2022, fiquei 3 meses em Imbituba e sempre procurava no mercado pelas farinhas locais.

1 milhão de cópias vendidas? Uau. Também tô curioso pela adaptação.

Obrigado pelo comentário, Gabriele!

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Acabei de ler aos prantos no mercado e fiquei pensando em como a culinária nos conecta. Preciso cozinhar mais.

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Somos dois, Andrea. Tô apanhando em aprender a cozinhar depois dos 30, mas tenho me virado com algumas coisas – que já criaram algumas memórias por aqui. Obrigado pelo comentário!

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Esses dias estou matando a saudade da comida de casa e dos meus pais. Eles estão visitando e eu não perdi a oportunidade de comer a comida boa, saborosa e bem feita que só mamãe consegue fazer. Os possíveis quilos a mais nem são tão importantes quando estou repetindo mais um prato de vatapá. Depois me resolvo com a balança. A comida é tão gostosa que dá vontade de chorar 😅

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Aproveite, Jackie! Não vejo a hora de comer o camarão à milanesa da minha mãe – a balança que lute. Obrigado pelo comentário!

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Cara, levei um susto. Quando li sobre a torcida organizada do time croata, me dei conta de que eu já li todos os textos de "Passageiro", desde o primeiro e até esse, porque eu lembrei da imagem do texto escrito na parede.

A imagem me chamou atenção à época porque também faço parte de uma torcida organizada desde 2006. É engraçado uma torcida croata usar uma palavra em português.

Em relação à memória afetiva, lembro sempre do bolinho de chuva que minha mãe faz. O sabor me remete à minha infância em Pirituba (Bairro na capital de SP).

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Eita! haha! Que massa saber disso, Ronaldo. Obrigado por ser um leitor fiel.

Então, supostamente, a Torcida do Hajduk Split é a primeira organizada do mundo – marinheiros croatas que estavam no Brasil durante a Copa de 1950 ficaram impressionados com o público nos estádios brasileiros e resolveram criar uma torcida organizada (por isso a homenagem em português).

E, puts, bolinho de chuva desbloqueou uma outra memória afetiva por aqui! haha! Grande abraço, meu caro!

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Cachorro-quente, o que é um pouco complexo para a vegetariana aqui :)

Era a janta especial que a mãe fazia, a comida sucesso das festinhas, a primeira coisa que aprendi a fazer no fogão. Não como carne há anos, mas o cheiro, quando sinto por acaso na rua, me faz muito feliz.

Cheguei por aqui faz pouco tempo. Tenho gostado bastante dos teus textos e fiquei muito comovida com esses últimos. Meus sentimentos!

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Fernanda, fui vegetariano por cerca de dois anos, mas vou te falar que foi justamente o camarão à milanesa da minha mãe que me fez voltar a comer bicho haha. Sei bem como é.

E seja bem-vinda! Muito obrigado pela generosidade!

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O bolo de cenoura da minha madrinha, com certeza. Minha mãe é cozinheira e tem um buffet, mas sempre falei com ela que, por mais que ela seja excelente, não existia bolo de ceroura melhor do que o da dinda. Moro em Niterói/RJ e ela trouxe pra mim um pote grande cheinho de bolo de cenoura com cobertura de chocolate quando veio me visitar em 2021. Se eu soubesse que seria a última que que comeria aquele bolo, teria aproveitado cada pedaço com mais calma, me lambuzando naquela cobertura que tinha dedicação e amor. Nunca mais comi bolo de cenoura depois disso. Talvez um dia eu consiga, mas nunca haverá um melhor do que o da dinda Sônia.

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Bolo de cenoura é um clássico da comida afetiva, né? E, puxa, Alessandra, sinto muito pela dinda Sônia. Você agora me deixou aqui pensando que um dia comi o pirão do vô Dino sem saber que aquela era a última vez. Obrigado pelo comentário e um grande abraço!

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Querido,

Muitas memórias afetivas foram evocadas com a sua newsletter e com os comentários, mas queremos direcionar o nosso comentário para outro lado: o de parabéns a você pela evolução da sua newsletter.

Como leitores assíduos, sem termos perdido nenhuma edição, é perceptível o impacto que você tem gerado nas pessoas. Uma evidência é o aumento do número de linhas escritas, que não terminam no ponto final da última nota de rodapé, mas continuam por meio dos comentários dos seus seguidores. É um lindo movimento colaborativo que acaba por formar um baita texto - em extensão e em profundidade.

Não é exagero afirmar que você é um escritor líder de um movimento que toca profundamente a alma dos seus leitores. Parabéns!

E obrigado por nos conduzir tão bem nessa viagem para dentro da gente.

Forte abraço!🤗

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Queridos, fiquei emocionado aqui. Acho que essa troca é justamente a ideia por trás de toda comunidade. Eu leio e respondo cada comentário (ainda que às vezes demore) e me deixa muito feliz saber que, além de as pessoas lerem o que escrevo, ainda tiram um tempo dos seus dias para colaborar com as discussões e reflexões que trago aqui.

Muito obrigado pela generosidade de sempre e um grande abraço!

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Não sei se é a principal, mas a primeira memória que me veio à cabeça foi o pernil na porta do Morumbi.

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Boa! haha! Nunca provei (porque nunca fui ao Morumbi), mas sempre ouço falar. Obrigado pelo comentário, Rodrigo!

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Coloque aí na lista de coisas para fazer na vida rs

Abração

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Matheus meu querido minha narrativa toda é tecido através da cozinha. Sou chef de cozinha e tudo que tem cozinha no meio me afeta de muitas formas. as memórias e momentos que pude presenciar através e por causa da cozinha me tocam profundamente! Já fui testemunha de uni~]ões lindas, minha cozinha já foi palco de choros e divócios de amigas, na cozinha soube de amigas gravidas e outras que perderam seus bebê. Com uma xicara de café e um pedaço de bolo eu aprendi a me tecer através das histórias dos outros partilhadas nesse espaço. Grata por reaver e dar a devida importância a esse ato tão importante e sagrado muitas vezes terceirizados por tantos.

Um forte abraço

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Comentário deletado
Jan 30
Comment deleted
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Uau. Me emocionei com o seu comentário, Marina. Ainda que vocês não estejam mais juntos, espero que você tenha enviado essas palavras para ele – tenho certeza de que ele gostaria saber tudo isso. Um grande abraço!

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