25 Comentários
ago 14Curtido por Matheus de Souza

como não estou mais nas redes sociais, não tive o desprazer de ser bombardeado por conteúdos vazios sobre as olimpíadas. muito pelo contrário, tive a enorme sorte de acompanhar a sua newsletter e ver um recorte sobre paris que não teria em nenhum outro lugar. não acho que o jornalismo literário tenha morrido. ele perdeu bastante espaço, é verdade, mas - ainda bem! - sobrevive.

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Pedro, que inveja. De verdade. Sigo nas redes sociais porque, infelizmente, faz parte do meu trabalho – estou cogitando a possibilidade de aprender uns passinhos de dança pra entrar no Tik Tok.

Sobre o jornalismo literário, ainda que entenda (e agradeça) o que você quer dizer, não sei se consigo ser otimista. Talvez ele respire por aparelhos aqui no Substack, mas a real é que respira porque sou teimoso – não tem ninguém me pagando por isso; não há interesse.

Obrigado pelo comentário!

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Mesmo que eu ache que o jornalismo literário respira por aparelhos, ainda há esperanças. A piauí segue firme com seus textos longos e um público cativo. Só não parece ser fácil emplacar algo lá. De qualquer forma, é muito triste perceber que tantos influenciadores e seu conteúdo besta ganhem mais espaço e destaque do que quem leva informação.

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Verdade! Ainda tempos a piauí.

E, cara, sim. Triste e cansativo. Mas seguimos na luta.

Obrigado pelo comentário, Faraó!

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ago 17Curtido por Matheus de Souza

Estou ansioso pelos próximos textos e amando a sua forma de fazer jornalismo literário. Joan Didion segue sendo uma das minhas autoras preferidas porque seus textos são atemporais, desenham um momento, uma época, tipo uma pintura. Acho que seu caminho é esse. Continue, meu amigo.

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Muito obrigado, meu amigo! Seguimos na luta.

Já assistiu o documentário sobre a Joan Didion na Netflix? Volta e meia revejo quando tô de bobeira. Grande abraço!

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ago 16Curtido por Matheus de Souza

Coxinha por 9 Euros (minuto de silêncio)

Cara, a maioria dos influencers me cansa. A outra parte que não me cansa, são os que eu não vejo.

Por favor, não desista!

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Haha. Complicado.

Obrigado pelo comentário, Ronaldo!

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ago 15Curtido por Matheus de Souza

Matheus, muito obrigado por responder à pergunta que fiz no Instagram. Fiquei curioso para saber o que você pensa, uma vez que também gosto e me interesso pelo jornalismo literário – embora não tenha a mesma profundidade que você possui, é claro. Volta e meia leio algo a respeito; tenho planos de ler os autores que você cita, primeiro com o interesse de leitor e, quem sabe, ser inspirado em alguma medida. Acho que o que me fez abrir os olhos para essa e outras formas de escrita de não ficção foi acompanhar você e também ler autores como William Zinsser (aquelas histórias sobre Timbuktu e do fotógrafo de aves me marcaram, não vou negar), Philip Roth (o menino, em cima do telhado da igreja, pregando aos judeus em "The Conversion of the Jews", é icônico) e Annie Ernaux ("Os Anos" foi uma grata surpresa). Recentemente, assisti ao filme "In Cold Blood" e comecei a ler "To Kill a Mockingbird". Ainda quero ler Capote, e sei que o trabalho da Harper Lee e dos outros autores que mencionei não é bem jornalismo literário, mas tenho me identificado cada vez mais com esse tipo de escrita que, de alguma forma, rompe ou produz algo que diverge de um padrão estabelecido por algum tipo de cânone de uma área, seja pelo posicionamento político, estilo literário (ou não-estilo, digamos assim), perspectiva do personagem, etc. Enfim. Se o jornalismo literário já teve seu momento ao sol, quem sabe você esteja certo; mas que isso pode mudar à medida que mais pessoas se cansarem do frenesi das redes e dessas maneiras viciadas de contar histórias, penso que isso também pode acontecer. Stay true to your roots!

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Tanta coisa boa foi escrita nos anos 1960 e 1970 que, embora eu conheça as obras e os autores que você citou, li apenas "Os Anos" e "A Sangue Frio" – o livro que dizem ter dado origem ao jornalismo literário.

Muito obrigado pela pergunta e pelo comentário, Evilazio. Um grande abraço!

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Matheus, enquanto acompanhava sua cobertura das Olimpíadas, estava lendo o livro O álbum branco, de Joan Didion, e percebia as semelhanças na forma de se noticiar um fato, com um toque literário tão bonito e pessoal. Descobri que gosto muito desse tipo de literatura. Agora com essa edição entendi melhor o bem estar que estava sentindo e o mal estar que as redes sociais têm me provocado, por mais que eu tenha reduzido significativamente o acesso a elas.

um beijo.

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Esse livro dela é maravilhoso, né? Vale assistir o documentário da Netflix sobre ela.

Obrigado pelo comentário, Ludmila!

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ago 20Curtido por Matheus de Souza

JP Cuenca so disse verdades. Nunca vi tanta gente desinformada tendo a chance de ir pra uma olimpíadas (só pq tem muitos seguidores) e só dizerem coisas sem sentido, mas é isso que as redes sociais viraram, né, um monte de gente cheia de seguidor mas q não acrescentam nada de útil… eu adorei a Medo e Delírio em Paris, que seja a primeira de muitas coberturas, Matheus <3

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Né? E foi bizarro ver isso de perto. Em vários momentos eu ficava: "não é possível que essa pessoa tem milhões de seguidores" hahaha.

Muito obrigado pelo comentário, Licia!

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ago 20Curtido por Matheus de Souza

Entrei na faculdade em 2002 para cursar jornalismo...sei lá, gostava de escrever e aprendi a ler lendo jornal pro meu tio. Meus colegas queriam apresentar o Jornal Nacional, mas eram tapados como um bueiro entupido. Saí fora e fui cursar história, mas algumas coisas do jornalismo me serviram. Entendi o seu lado hipócrita e oportunista e nunca mais botei muita fé em qualquer veículo de mídia. O que mais rendeu foi ter ouvido falar do Hunter Thompson. Comprei um livro dele uma vez, "A grande caçada aos tubarões". Só Mr. Hunter salva!

A última passagem do Rum Diary que tu colocou no teu texto é de se colocar numa moldura!

Abraço, Matheus!

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Adorei saber disso, Marcelo. Obrigado pelo comentário e grande abraço!

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ago 19Curtido por Matheus de Souza

Eu amo as Olimpíadas, sempre busco acompanhar tanto quanto posso. Mas, como um fã de Fórmula 1, sinto falta do automobilismo por lá. Ouvi falar que estão tentando colocar kart entre as competições olímpicas - espero que isso seja verdade.

Até lá, fico feliz que o boné do Ayrton Senna esteve em Paris. A F1 representada pelo maior de todos os tempos.

Forte abraço, Matheus!

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Puts, kart nas Olimpíadas ia ser legal, hein?

Obrigado pelo comentário, Raphael! Grande abraço!

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ago 15Curtido por Matheus de Souza

Acredito que você está literário, o literário de 2024, e está ótimo. Sempre te leio feliz e costumeiramente também leio depois em voz alta para meu marido. Damos risada e adoramos. Sobre o pacote todo da imprensa: já me senti assim como você em muitos eventos jornalísticos e quando vejo colegas nessas funções sinto constrangimento por mim. Mesmo hoje, não saberia como me comportar. haha E sou jornalista - com idas e vindas - há quase 15 anos. No fim, quem faz as perguntas escreve o protocolar e se dá por satisfeito e todo resto tá fingindo saber o que tá fazendo.

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Que coisa boa saber disso, Gabi.

E sobre o comportamento da imprensa, obrigado por compartilhar. Me senti menos estranho no ninho haha.

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ago 15Curtido por Matheus de Souza

Adorei, Matheus. Não desista. Você pode ser o nosso último jornalista literário.

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Torço muito que eu não seja. Obrigado pela força, Roberta!

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ago 15Curtido por Matheus de Souza

O último trecho que vc colocou de citação é bem marcante, cara, fiquei chocado. Não sei se esse texto é contemporâneo pra descrever com tanta precisão.

Tenho o otimismo de que as experiências menos fugazes, como ler uma boa matéria de jornalismo literário, voltarão a ser valorizadas, numa esperança quase tola de que vai haver um momento em que as pessoas se darão conta de que as coisas na vida precisam ser mais duradouras, com mais tempo para serem apreciadas.

Desde que vc anunciou que faria a cobertura desse jeito eu fiquei com uma baita expectativa, porque realmente seria algo diferente do que tanto já me entregam em outros canais.

Espero que siga com essas experiências e espero que isso se torne rentável ou viável. Um grande abraço!

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Cara, o livro foi publicado em 1998, porém, escrito no início dos anos 1960 (!).

Sobre esse otimismo, tem dias que penso assim – hoje é um deles; amanhã não sei.

Muito obrigado pela generosidade! Um grande abraço!

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Infelizmente cheguei atrasado - não acompanhei sua cobertura dos Jogos Olímpicos, embora esteja agora maratonando tudo. Como estudante de jornalismo, compartilho do mesmo pessimismo quanto ao futuro do jornalismo - e em especial do jornalismo literário. Ao mesmo tempo, penso que essa forma de consumir conteúdos é insustentável no longo prazo.

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