26 Comentários

“crime ocore nada acontece feijoada” se torna hoje minha frase preferida. obrigada por isso😌 eu acho tristíssimo tudo isso porque sinto que é um projeto de alienação humana ganhando cada vez mais força. me doeu muito quando a prima do Lucas de 17 anos disse que não conseguia assistir um filme porque não pode acelerar. acelerar um filme??? imagina pegar um livro? mas eu amo que ainda existam pessoas como nós e sinto que isso fará muita diferença pros próximos passos da humanidade… mas sou uma romântica otimista, né? enfim… amei o texto. li tomando café e ouvindo os pássaros!

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Esse negócio de acelerar filme é algo que não entendo. Bizarro as mudanças químicas que essa nova geração vem sofrendo por conta dos smartphones e das redes sociais. Acho que o futuro é esse mesmo: tomar café numa cidade pacata ouvindo o som dos passários. Obrigado pelo comentário, Yna!

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Tomo conhecimento pela primeira vez que agora os jovens querem acelerar um filme: qual é o sentido? Também acho que aqueles que leem poderão dar alguma luz nessa escuridão.

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Na sala de aula, como professora, eu vejo os efeitos colaterais deste resultado. Provas com enunciados extensos correm sério risco de ficarem sem resposta. A geração dos vídeos curtos está nas faculdades, tentando cursar Direito e Filosofia sem passar pelas leituras clássicas. Tenho uma turma de criminologia que não leu Beccaria nem sob ameaça de que cairia na prova. É realmente triste ver o quanto isso acaba influenciando na qualidade dos futuros profissionais. Mas, ver as Bienais lotadas, tem aquecido o meu coração, de alguma forma. Talvez ainda tenhamos esperança.

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Caramba, triste mesmo. Obrigado pelo comentário, Yasa!

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vivemos um tempo curioso: com smartphones e redes sociais, lemos quantitativamente mais do que antes, mas qualitativamente menos.

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Né? Penso muito sobre isso. Obrigado pelo comentário, Pedro!

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Foi sensacional!! Obrigado sempre. Abração e até já,

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Eu que agradeço. Foi uma honra. Grande abraço, João!

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Esses dados são muito tristes, mas já estávamos percebendo essa mudança no retrato do cidadão brasileiro, não é? Sigamos na luta praticamente diária de levar informação, entretenimento e/ou afeto aos que persistem na leitura.

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Pois é, cara. Seguimos. Afinal, escrever uma newsletter também é uma forma de literatura. Obrigado pelo comentário, Faraó!

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Outro dia me perguntaram qual era o meu autor favorito, do qual tinha lido mais livros. Respondi Nelson Rodrigues e Mia Couto, pois li praticamente todos os livros deles (e não são poucos!).

Aí esse negócio de “ler quase tudo” ficou na minha cabeça e adivinha quem apareceu? Matheus de Souza.

Tu só tem um livro (isso não é crítica, porque o livro é maravilhoso), que já li inclusive, mas toda semana há duzentos anos tu escreve um texto e eu leio, nunca parei pra contar palavras (é possível?), mas com certeza tu és o escritor que mais textos li até hoje.

E continuo lendo.

E como dizia o fundador da Nike no prefácio genial da sua ótima biografia: apenas não pare. 🤘🏻

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Caramba, que honra. Sabe que penso muito nisso de já ter escrito material suficiente na internet para pelo menos mais uns dois livros? haha!

Obrigado pelo comentário, Edu!

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É, Matheus, aqui o povo adora um celular. Tenho uma tese: 9 horas online nos aparelhinhos e iphones... Escrevemos para viver, de alguma forma, outras vidas, vozes, lugares... É uma mostra que se está vivo. Texto delicinha de ler. Abraço.

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Boa, Samuel! Obrigado pelo comentário!

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Fui ouvir Gary Clark te lendo, Matheus. Antes de te ler aqui, eu li num reels solto por aí “escreva sempre. mesmo pra não publicar. principalmente pra não publicar.” Diz que foi Drummond que escreveu pra filha dele. Não averiguei e não li, mas achei sincrônico com seu tema de hoje. Seguimos lendo e escrevendo 🙏🏼 O encontro de ontem foi muito massa!

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Puxa, faz teeeeempo que não ouço Gary Clark. Boa pedida para o fim do expediente por aqui.

Amei a frase! Obrigado pelo comentário, Ellen! Feliz que você curtiu o encontro.

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O mais é legal do texto é que ele nos prende para dizer: não sei. Por outro lado, no caminho, deixa algumas pistas. Muito bacana. Sei que leio por prazer e mesmo não tem uma resposta clara é prazeroso demais ler. Compartilho da indignação no último paragrafo rs. Sinceramente, acho estranho que no passado os brasileiros liam mais. As oportunidades eram incrivelmente menores. Talvez hoje, devido aos tempos cibernéticos que vivemos, os entrevistados simplesmente têm coragem de dizer que não leem. Ser ignorante está na moda em épocas de fascismo.

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Boa, Max! Obrigado pelo comentário!

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João Paulo Cuenca participou de uma das minhas aulas de Jornalismo Literário, em 2008, na UFF. Depois da aula, fomos para um bar na Cantareira, ele, nosso professor e alguns alunos mais apaixonados por literatura. Lembro de poucas coisas do encontro, mas duas delas eu guardei na memória. A primeira é de JP Cuenca admirado por um professor universitário ter uma BMW (o professor em questão tinha outros trabalhos, mas naquele ano ele tinha acabado de publicar seu primeiro romance O Analfabeto que Passou no Vestibular) e a discussão sobre como viver de escrita; ainda aos meus 19 anos, veio à tona. A segunda lembrança: no meio da conversa, um dos meus colegas deu um exemplar de O Som e a Fúria, de William Faulkner, para Cuenca autografar. Ele assinou, porém recordo-me dele ter dito que estava honrado, mas também cometendo uma blasfêmia.

Obrigada por mais este texto e ainda bem que você continua escrevendo.

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Que história maravilhosa! haha! Amei a curiosidade. Obrigado pelo comentário, Letícia!

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Gosto quando os textos de escritores se conversam sem que os próprios tenham se falado/conhecido na vida. Aconteceu agorinha: atualizei a minha newsletter, abri o e-mail, fui ler esta edição (estou atrasada, sim) e voilà! Obrigada pela reflexão!

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Que legal, Carolina! Obrigado pelo comentário!

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Primeiro, o encontro foi ótimo! Valeu por promover essa troca com outros autores. Segundo, é triste ver que chegamos a esse ponto; não ler nem parte de um livro é para acabar mesmo. Só acho interessante que, paralelamente, o Brasil lidera em outros indicadores, como o consumo de plataformas de streaming, por exemplo, que inclui número de acessos e horas assistidas. É a guerra das telinhas versus as velhas páginas dos livros, menos lidos a cada ano que passa.

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Lemos o teu excelente texto bebericando um café nordestino ao som dos pássaros vindo do pedaço da mata atlântica ao lado de casa, que fica numa vila de pescadores muito pacata do lindo Ceará.

O Rafael é professor de pós-graduação e, frequentemente, fica desanimado com o que vê em sala de aula. Dificuldade flagrante de interpretação de texto, nenhuma leitura dos textos entregues aos alunos após curadoria feita pelo Rafael e sequer leitura dos slides que resumem o conteúdo fazem parte da rotina de professor. Triste e desmotivante.

Então por que ele continua dando aula? Talvez a resposta dele sirva para você, Matheus: vocação.

Não sabemos se serve para você, mas que você é vocacionado, não há dúvidas! Um guri crescido no interior de Santa Catarina despontar no eixo Rio-São Paulo e morar em Paris é uma baita vitória.

Somos muito gratos pela tua vocação. Não à toa, tu és o escritor que mais lemos em 2024 e 2023. Bora pra 2025!💙

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Li agora a tua nl #94, Matheus, sorvendo um café com notas de caramelo e ouvindo o Jack Conte. Tenho conferido todas as tuas indicações musicais. Adoro o K. Lamar, mas não curti outros dois. De qualquer modo, é muito bom ter abertura e ouvir com atenção, antes de dizer "não curti". Sigo te acompanhando... Abração para ti. Rô Candeloro, de Porto Alegre.

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