[Passageiro #96] É hora de tomar os meios de produção
Um apelo a você, criador(a): em 2025, faça arte; não conteúdo.
🎧 Para ler ouvindo1: The Word 2 / ザ・ワード II, por Shigeo Sekito / セキトオ・シゲオ.
1.
Meu primeiro contato com esse universo de infoprodutos, lançamentos, monetização e demais termos, foi em 2015. Na época não existiam tantos “gurus” como hoje em dia, a Hotmart dava os seus primeiros passos e “gatilhos mentais” significavam outra coisa.
Desses gurus de 2015, o meu favorito era um ex-profissional de pôquer que falava, entre outros assuntos, sobre produtividade e biohacking. E por “favorito” não escrevo de forma sarcástica: eu realmente gostava do conteúdo do cara; ou melhor, da arte dele, com o próprio fazia questão de chamar.
O tal guru, que tem a minha idade, sumiu da internet na virada de 2018 para 2019 (alô, Chico Felitti!) após, supostamente, ter embolsado o dinheiro de uma galera que gastou uma grana no ingresso de um evento que jamais aconteceu.
2.
A Mynd, maior agência digital do país, demitiu quase 200 funcionários e perdeu mais de 200 influenciadores de seu portfólio.
Fátima Pissara, CEO e fundadora da Mynd, disse em entrevista ao UOL que “o ano de 2024 foi percebido com um certo retrocesso na influência, tanto por conta de um país polarizado ainda, o que fez as marcas darem um passo para trás no trabalho com influenciadores e buscarem mídias mais tradicionais, porém continua sendo um mercado em franca ascensão e evolução.”
Tem três paradas que me incomodam muito no marketing de influência e vejo pouca gente falando sobre: 1) as marcas que querem apenas um conteúdo viral e pouco se importam com a qualidade do que será produzido; 2) as agências que culpam as marcas quando os influenciadores reclamam de um briefing mal feito, mas que não são capazes de vender um formato diferente do padrão “3 stories + 1 reels”; 3) por fim, os influenciadores que além de aceitarem tudo o que aparece (incluindo casas de apostas), calam-se diante os itens 1 e 2.
3.
Em alguns grupos, principalmente naqueles que envolvem o LinkedIn, sou conhecido por ser um cara chato; aquele que aponta as verdades inconvenientes que todos concordam, mas que ninguém tem coragem de expor para não perder a sua boquinha.
Às vezes me excedo, falo demais e fecho portas; mas sempre abro janelas.
4.
Meu objetivo para 2025 é bem simples: não vou criar um conteúdo sequer; vou criar arte.
Quero criar coisas que perdurem, coisas que não dependam de algoritmos; não quero seguir tendências; quero criar tendências.
Tenho planos ambiciosos para Passageiro – Passageiro como Grupo de Mídia, não apenas como newsletter –, alguns domínios comprados e muitas ideias.
É hora de nós, criadores e criadoras, subvertermos as regras do jogo. A internet como conhecíamos morreu; e o mesmo acontecerá com as redes sociais e os influenciadores.
Precisamos empreender.
Escuto e reproduzo essa frase desde 2015, tornou-se um clichê, mas ela é cada vez mais real: “não construa a sua casa no terreno dos outros”.
Acho que chegou a hora de, finalmente, tomarmos os meios de produção.
5.
O vídeo mais recente do Arthur Miller2 tem tudo a ver com o que quero dizer.
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Concordo com tudo, mas semântica à parte, arte é conteúdo, a questão é se é bom ou ruim.
Show ,sou novo aqui na rede e tenho grade espectativa para desencadear grande projetos pra 2025 quero conhecer melhor e traçar plano de aprendizado contigo.