Minha edição favorita de Passageiro -- até agora. Que saudade da newsletter!!!
Tem uma música da Carne Doce (antes deles serem "cancelados") que é Sertão Urbano - "progresso é mato", canta a Salma. Tô longe de romantizar a vida no mato porque sei que tem muito trabalho invisível acontecendo pra essa vida mais bucólica funcionar. Mas não acho que "progresso", pelo menos pensando nos padrões paulistanos, seja um monte de cativeiros de 15 a 35m2 sendo construídos em toda esquina do centro expandido... A curto prazo esse "progresso" já não me cabe, muito menos a longo prazo.
Acredito que as sensações de não-lugar e não-pertencimento são passageiras. Mas volto em alguma futura newsletter pra tentar elaborar. :)
Eita! Que coisa boa ler isso, Eduarda. Fico feliz em saber que vc sentiu a minha falta haha :)
CARNE DOCE É CANCELADO??? GOOGLE PESQUISAR
Sobre progresso, não poderia concordar mais – me dou conta cada vez que volto em SP; dessa vez tirei do roteiro porque, bem, o que fazer no verão brasileiro em meio ao concreto?
O que você identifica como “progresso” talvez pudesse ser chamado, também, de ganância, né? Um novo conceito de “progresso” precisa surgir. Um novo conceito de turismo também. Vivo em Bali atualmente e assisto a esse mesmo movimento de destruição do belo pela ganância desmedida e sem visão de futuro. Aliás, já citei essa mesma frase de Caetano num post que foi muito mal recebido, porque as pessoas têm essa visão de Bali como um paraíso e não querem um escritor chato dizendo que não é bem assim.
Ferdinando, adorei saber disso e comecei a te acompanhar por aqui. O Sudeste Asiático é minha região favorita do mundo, passei um tempo em Bali em 2023 e percebi isso que você descreveu. Muito obrigado pelo comentário!
Eu que agradeço, Matheus. Bacana saber que você conhece a realidade desta ilha tão interessante, mas em processo de rápida degradação. Há tempo para reverter, porém. Ainda não há arranha-céus a beira-mar ameaçando o sol das areias. Um abraço, já estou te acompanhando por aqui também.
Também sou do litoral catarinense e imigrante, portanto a identificação com o que escreves é imediata. Em janeiro de 2023, lá do Brasil, decidi que não iria mais entre o Natal e o Carnaval. Ano passado viajei em outubro e foi o melhor que poderia ter feito. Três semanas do mais puro sossego em Bombinhas: bom tempo, praias vazias (e mais silenciosas), pouco trânsito etc. Sem falar nos preços muito mais amigáveis de tudo. Ainda assim, também voltei com o gosto amargo de observar esta visão de progresso elitista, cafona e insustentável cada vez mais materializada nos arranha-céus.
Gabriele, boa dica essa de ir para o BR antes das festas de fim de ano. Sabia que não conheço Bombinhas? Todo mundo fala bem, mas nunca fui pra lá. Obrigado pelo comentário!
Eu tenho uma convicção que o turismo em massa vai acabar, Matheus. Que pouco a pouco seremos forçados a práticas mais sustentáveis de turismo. Não por uma consciência ambiental (quem me dera), mas porque toda essa destruição resulta em preços mais altos etc. Acho que em breve veremos um turismo interno cada vez mais forte e internacional mais focado em longas estadias e slow travel. O que você acha?
Pois é, Roberta, também penso nessa linha. No final das contas, o próprio capitalismo regulará o mercado – dando preferência, evidentemente, a quem tem dinheiro. Obrigado pelo comentário!
É engraçado como a romantização da ida ao Brasil é uma constante para quem vive fora do país. Estou fora há oito anos e minha última viagem, bem como a minha última experiência de praia, foram perfeitamente descritas por você. A diferença é que sou de Minas Gerais.
Pois é, Ana, tenho pensado muito nisso. Em 4 dias volto para Paris, estou morrendo de saudades da minha casa, mas tenho certeza que logo após voltar estarei com saudades do Brasil hahaha. Obrigado pelo comentário!
Nem fala! A gente vai para a praia com a esperança de relaxar, de ouvir o som do mar, e tem que ouvir o gosto musical alheio. Obrigado pelo comentário, Lena!
Cara no dia que tu postou a foto na Praia do Ouvidor eu estava na praia vermelha (acho que é esse nome) do lado kkkkkkkk quase fomos na ouvidor, mas os caras queriam surfar e a outra tava melhor pra isso
Eeeeita! Que mundo pequeno! hahaha! Praia Vermelha é do lado sim, tem até uma trilha saindo do Ouvidor. Pena que não rolou esse encontro ao acaso. Obrigado pelo comentário, Emanuella!
PUTZ .. ótimo texto … realidade em todos os lugares aonde nós brancos=europeus estivemos / estamos …não pertencimento vem crescendo ao longos dos anos !!!!
Infelizmente, o sul virou o celeiro do fascismo. Equilíbrio entre natureza e progresso, no Brasil da expropriação e da ganância, é improvável. Paris ainda é uma festa, mesmo gelada. Bom retorno, abraço.
às vezes, parece que o que chamam de "progresso" é o oposto do conceito.
Pois é, Pedro. Pois é.
Minha edição favorita de Passageiro -- até agora. Que saudade da newsletter!!!
Tem uma música da Carne Doce (antes deles serem "cancelados") que é Sertão Urbano - "progresso é mato", canta a Salma. Tô longe de romantizar a vida no mato porque sei que tem muito trabalho invisível acontecendo pra essa vida mais bucólica funcionar. Mas não acho que "progresso", pelo menos pensando nos padrões paulistanos, seja um monte de cativeiros de 15 a 35m2 sendo construídos em toda esquina do centro expandido... A curto prazo esse "progresso" já não me cabe, muito menos a longo prazo.
Acredito que as sensações de não-lugar e não-pertencimento são passageiras. Mas volto em alguma futura newsletter pra tentar elaborar. :)
Abraços pra você e Isadora!!!!
Eita! Que coisa boa ler isso, Eduarda. Fico feliz em saber que vc sentiu a minha falta haha :)
CARNE DOCE É CANCELADO??? GOOGLE PESQUISAR
Sobre progresso, não poderia concordar mais – me dou conta cada vez que volto em SP; dessa vez tirei do roteiro porque, bem, o que fazer no verão brasileiro em meio ao concreto?
Muito obrigado pelo comentário!
As jbl são uma praga atual.
Felizmente, estão começando a proibir em algumas praias – mas aí a gente entra em outro problema: fiscalização.
To em SP com essa mesma sensação, mas dessa vez eu confesso que ando caidinha pela minha cidade. Mas espero que passe logo.
Acho que tudo depende do tanto de tempo que ficamos nos lugares hahaha. No caso de SC, fiquei tempo suficiente pra ter essa sensação :(
O que você identifica como “progresso” talvez pudesse ser chamado, também, de ganância, né? Um novo conceito de “progresso” precisa surgir. Um novo conceito de turismo também. Vivo em Bali atualmente e assisto a esse mesmo movimento de destruição do belo pela ganância desmedida e sem visão de futuro. Aliás, já citei essa mesma frase de Caetano num post que foi muito mal recebido, porque as pessoas têm essa visão de Bali como um paraíso e não querem um escritor chato dizendo que não é bem assim.
Ferdinando, adorei saber disso e comecei a te acompanhar por aqui. O Sudeste Asiático é minha região favorita do mundo, passei um tempo em Bali em 2023 e percebi isso que você descreveu. Muito obrigado pelo comentário!
Eu que agradeço, Matheus. Bacana saber que você conhece a realidade desta ilha tão interessante, mas em processo de rápida degradação. Há tempo para reverter, porém. Ainda não há arranha-céus a beira-mar ameaçando o sol das areias. Um abraço, já estou te acompanhando por aqui também.
Também sou do litoral catarinense e imigrante, portanto a identificação com o que escreves é imediata. Em janeiro de 2023, lá do Brasil, decidi que não iria mais entre o Natal e o Carnaval. Ano passado viajei em outubro e foi o melhor que poderia ter feito. Três semanas do mais puro sossego em Bombinhas: bom tempo, praias vazias (e mais silenciosas), pouco trânsito etc. Sem falar nos preços muito mais amigáveis de tudo. Ainda assim, também voltei com o gosto amargo de observar esta visão de progresso elitista, cafona e insustentável cada vez mais materializada nos arranha-céus.
Gabriele, boa dica essa de ir para o BR antes das festas de fim de ano. Sabia que não conheço Bombinhas? Todo mundo fala bem, mas nunca fui pra lá. Obrigado pelo comentário!
Eu tenho uma convicção que o turismo em massa vai acabar, Matheus. Que pouco a pouco seremos forçados a práticas mais sustentáveis de turismo. Não por uma consciência ambiental (quem me dera), mas porque toda essa destruição resulta em preços mais altos etc. Acho que em breve veremos um turismo interno cada vez mais forte e internacional mais focado em longas estadias e slow travel. O que você acha?
Pois é, Roberta, também penso nessa linha. No final das contas, o próprio capitalismo regulará o mercado – dando preferência, evidentemente, a quem tem dinheiro. Obrigado pelo comentário!
É engraçado como a romantização da ida ao Brasil é uma constante para quem vive fora do país. Estou fora há oito anos e minha última viagem, bem como a minha última experiência de praia, foram perfeitamente descritas por você. A diferença é que sou de Minas Gerais.
Adorei o texto!
Pois é, Ana, tenho pensado muito nisso. Em 4 dias volto para Paris, estou morrendo de saudades da minha casa, mas tenho certeza que logo após voltar estarei com saudades do Brasil hahaha. Obrigado pelo comentário!
tu já leu barba ensopada de sangue?
Um dos meus livros favoritos da vida!
meu também! <3
Caixinhas de som na praia são o fim!
Nem fala! A gente vai para a praia com a esperança de relaxar, de ouvir o som do mar, e tem que ouvir o gosto musical alheio. Obrigado pelo comentário, Lena!
Cara no dia que tu postou a foto na Praia do Ouvidor eu estava na praia vermelha (acho que é esse nome) do lado kkkkkkkk quase fomos na ouvidor, mas os caras queriam surfar e a outra tava melhor pra isso
Eeeeita! Que mundo pequeno! hahaha! Praia Vermelha é do lado sim, tem até uma trilha saindo do Ouvidor. Pena que não rolou esse encontro ao acaso. Obrigado pelo comentário, Emanuella!
PUTZ .. ótimo texto … realidade em todos os lugares aonde nós brancos=europeus estivemos / estamos …não pertencimento vem crescendo ao longos dos anos !!!!
Sucesso ótimo 2025 com saúde-paz-amor e luz.
Boa, José! Obrigado pelo comentário!
Infelizmente, o sul virou o celeiro do fascismo. Equilíbrio entre natureza e progresso, no Brasil da expropriação e da ganância, é improvável. Paris ainda é uma festa, mesmo gelada. Bom retorno, abraço.
Cara, é bem isso. Obrigado pelo comentário, Samuel!
Que foto maravilhosa!
Adoro ela. Obrigado pelo comentário, Tiago!
Mais uma pedrada! Já estava sentindo falta dos seus textos hahaha
Apesar do desencantamento com a vinda ao Brasil, espero que tenha conseguido descansar!
Feliz em saber que sentiu minha falta, Henrique. Obrigado pelo comentário!
amigo vc ainda ta em garopaba? bora tomar um café com nossos cônjuges?
Puxa, adoraria, mas estou em Curitiba e não volto para para Santa Catarina até as próximas férias :/
espero ir pra paris antes e a gente marca esse café :) à bientôt
To chegando em Garopaba na quinta! Já que Matheus foi embora, bora tomar um café? Estará por aí ainda?
Fico triste por não estar mais em Garopaba, mas feliz que essa edição da news gerou um café entre vocês haha :)
Mandaremos foto!
AMIGA POR FAVORRRRR!!!!!! vou te mandar meu whatsapp na dm aqui